Centrais sindicais divulgaram nota nesta segunda-feira (6) para rebater as declarações do presidente do TST (Tribunal Superior do Trabalho), ministro Ives Gandra da Silva Martins Filho. Em entrevista à Folha, ele disse que é necessário reduzir direitos para garantir empregos.
O presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Vagner Freitas, afirmou que todas as alterações promovidas pela reforma trabalhista beneficiam empresários e prejudicam a classe trabalhadora.
Declarou, ainda, que a central iniciou uma coleta de assinaturas para apresentar um projeto de lei de iniciativa popular para anular a reforma.
“Foi colocado pelo Ives Gandra Martins a denúncia que a CUT fazia: a reforma trabalhista veio para precarizar direitos dos trabalhadores. Isso mostra que não estávamos fazendo terrorismo”, disse Freitas, que considera a reforma “um absurdo”.
O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, afirmou por meio de nota que as declarações do ministro “revelam um posicionamento arcaico, demonstram falta sensibilidade social e não valorizam a importância dos representantes dos trabalhadores no equilíbrio das relações entre empregados e empregadores”.
Entre as várias alterações que promove, a reforma trabalhista acaba com a obrigatoriedade do imposto sindical. O texto entra em vigor no próximo sábado (11).
Fonte: Folha de São Paulo